Data: 22/02/2019
Estudos do DECOPE indicam que o TRC começa a sair da crise, mas a esperada recuperação do valor do frete rodoviário de carga ainda não veio.
Seguindo a sistemática de apuração semestral de índices de variação de fretes do segmento transportador rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta para uma defasagem média de 13,0%, sendo de 9,6% nas operações com transporte de cargas fracionadas e de 15,5% nas com cargas lotações.
Outro dado que continua preocupando, é a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. E, ainda, verifica-se que muitos usuários não remuneram adequadamente o transportador com relação a outros custos e serviços adicionais não contemplados nas tarifas normais. Enquadram-se nesta categoria, por exemplo: a cobrança da EMEX para o estado do Rio de Janeiro, a TRT para as regiões que possuem restrição a circulação de caminhões, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de escoltas e planos de gerenciamento de riscos customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outros.
É importante realçar que muitas vezes os custos com esses serviços são superiores ao próprio frete, daí porque trata-se de situação injusta, que precisa ser resolvida pelo mercado.
Finalizando, é oportuno lembrar que estamos novamente próximos de um período de crescimento da economia, onde as demandas crescem e os gargalos logísticos se estreitam, razão pela qual, o alerta continua visando a preservação da saúde financeira da empresa e a recomposição da defasagem, configura-se a necessidade de que contratantes e transportadores encontrem o equilíbrio em suas relações comerciais como forma de manter a regularidade em suas operações.
João Pessoa/PB, 07 de fevereiro de 2019.
Fonte: Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística.